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Existem momentos em que pode ponderar qual o sentido da sua vida. Poderão existir vários obstáculos que se atrevam na sua vida. Quer seja por desenvolvimento pessoal, profissional, emocional ou relacional, você pode precisar de ajuda. A questão coloca-se: qual a direcção que você deve seguir?

Penso que todos podemos concordar que a vida tem aspectos difíceis. Ao longo da vida, existem barreiras que nos são levantadas ou mesmo algumas que podem nem sequer existe mas a nossa percepção é que elas estão erguidas, logo são reais, para nós. 

Entre outros aspectos, o processo de aprendizagem ajuda-nos a conquistar ferramentas que vão ser importantes para o nosso desenvolvimento pessoal, social, relacional, profissional, etc. Ao mesmo tempo, começamos a ganhar algum sentido de vida, o que gostaríamos de ser, qual desejamos que seja a nossa postura perante a vida, sociedade e todos os aspectos das áreas referidas, anteriormente. 

É esse sentido que nos dá um propósito, uma direcção, algo que desejamos atingir para que nos possamos sentir realizados. Mas o que acontece quando o percurso é interrompido? 

Antes de mais, é importante que se perceba que este percurso não é uma linha recta. Muito pelo contrário, pode ser uma estrada com buracos e imensas curvas. É importante que os agentes do processo de aprendizagem possam incutir esta ideia, aos seres que se desenvolvem, logo desde tenra idade. 

Para além de uma motivação, um "drive", tem de existir um propósito para se iniciar e atingir um determinado percurso. O que estou a falar é concretizar um determinado objectivo que foi proposto. Isso é absolutamente essencial! 

Quando uma ideia nos surge, ou é criada, ela encontra-se num estado bruto e abstracto. É tal como uma pedra de mármore em bruto, sem ser lapidada e esculpida numa imagem. 

Para que essa pedra seja trabalhada, o escultor tem de saber no que a vai transformar. Em todos os seus aspectos e detalhes. Depois de essa visão ser atingida, o escultor tem de decidir quais são as ferramentas mais adequadas para trabalhar a pedra. O próximo passo é começar o trabalho, lapidar a pedra até esta se tornar na escultura que projectou. E, claro, o final do trabalho é quando o escultor percebe que conseguiu atingir o resultado final. 

No fundo, isto é o trabalho que todos nós temos de fazer, para todos os aspectos da nossa vida. Mas poderá perguntar: Então o que você está a dizer é que estabelecer objectivos é obrigatório? Não é obrigatório, mas faz com que tenha mais sucesso na vida!

A investigação demonstra que o estabelecimento de objectivos aumenta, exponencialmente, a eficácia dos comportamentos e conquistas, de cada pessoa. Mais, uma boa formulação de objectivos também faz com que a pessoa esteja mais capacitada para lidar com recaídas e, se for necessário, reformular o objectivo para se adequar mais à realidade de cada situação. 

No fundo, o trabalho de um terapeuta deve ser o estabelecimentos dos objectivos mais importantes, de acordo com as necessidades de cada cliente. Caso o cliente não tenha esses objectivos bem presentes, o terapeuta deve ajudar na sua formulação ou reformulação. Também cabe ao terapeuta oferecer as ferramentas que o cliente precisa, para concretizar os seus objectivos e ser uma fonte de motivação, acompanhando passo-a-passo. 

Também é importante referir isto: Este não é apenas um momento, é um processo. Exige tempo e compromisso. Não espere que atinja de um dia para o outro, atingirá como resultado do seu trabalho. Quem disser que será imediato e que não vai exigir de si, é pura manipulação e aproveitamento!

Confie em si e nas suas capacidades e, sempre que precise, recorra a ajuda profissional. Afinal de contas, nem sempre conseguimos tudo sozinhos.